O Parlamento aprovou no dia 20 de Abril um projecto de resolução do PCP que recomenda ao Governo o prolongamento da linha do Metro até à Trofa. Além dos seus autores, votaram favoravelmente o PEV, BE e PS, optando PSD e CDS-PP pela abstenção. Diplomas sobre a mesma matéria do PS e do BE foram rejeitados pelos votos contra dos partidos da maioria governamental

Submetida a debate no mesmo dia foi também uma petição subscrita por mais de oito mil pessoas, iniciativa que o deputado comunista Honório Novo saudou considerando que é reveladora de três coisas: «que os trofenses não desistem do Metro na Trofa; não esquecem que há 12 anos lhes tiraram o comboio; não esquecem que na altura lhes prometeram que o Metro chegava à Trofa na primeira fase de construção da sua rede».

O parlamentar do PCP lembrou ainda que «Trofa está a ser enganada há uma dúzia de anos», primeiro pelo governo de Guterres, depois pelo de Barroso (em 2004/05), voltando a ser enganada pelo PS de Sócrates em 2007).

Por isso, pela parte da bancada comunista, este era o momento – e o seu projecto de resolução apontava nesse sentido - de «repor a legalidade», isto é, que «Trofa volte a integrar a segunda fase da rede do Metro».

Foi esse passo decisivo que agora foi dado, como reconheceu em declarações aos jornalistas a presidente da câmara da Trofa, Joana Lima, que assistiu ao debate das galerias integrando o grupo de mais de 100 trofenses que se deslocaram à AR, e que aguarda agora que o «Governo tome uma decisão em função do projecto de resolução» aprovado.